Acordei agora. Aliás, acordei à cerca de cinco minutos. Estou exausta... apetece-me dormir outra vez. Não posso, mas quero. Cada vez que acordo, a primeira coisa em que eu penso, inconscientemente, és tu! Adormeço a pensar em ti, acordo a pensar em ti e só para mostrar o abuso, o meu cérebro ainda se dá ao luxo de sonhar contigo todas as noites. Dou por mim a deitar lágrimas de sofrimento, a recordar conversas, a olhar para fotografias e a sentir o coração palpitar.
Um nó no estômago. É o que eu sinto cada vez que penso em ti. Estarás com outra? Estarás a esquecer-me? Estarás indiferente? Não consigo pensar em nada produtivo para poder-me abstrair de ti. Tornaste-te dependência, embora eu saiba que isso não é nada bom.
Olho-me ao espelho, vejo os meus olhos inchados de tanto derramar as lágrimas que tu formaste aqui dentro, e foco-me na minha cara. Triste, diria eu. Esgotada, penso. Translúcida, talvez. Os meus olhos verdes, perderam o brilho. Estão a brilhar ironicamente mas unicamente pelo choro... são apenas as lágrimas que os tornam brilhantes. Para teres uma pequena noção de como as lágrimas são verdadeiras e sentidas, digo-te que eu própria me odeio por derramá-las.
O "nosso" amor foi lindo. Eu amava-te mais do que a mim. Tu amavas-me apenas... mas amavas. Eu conseguia sentir a quanta cumplicidade existia entre nós, com todos os sorrisos, choros, abraços, beijos e outras entrelinhas. Não me peças para ser livre, pois sem ti não consigo, prendi-me a ti. Ignora-me, despreza-me, diz-me que não me amas... arranja outra pessoa. Mas garanto-te seriamente, que nada disso adiantará, pois o amor que eu sinto por ti, nessas entrelinhas, é mais forte do que tu possas imaginar. Não consigo dizer-te adeus, mas sei que também nada voltará ao que era antes. Não estou a implorar-te, estou apenas a dizer-te o quanto sinto a tua falta; os teus abraços eram o meu conforto; os teus beijos meus consoladores; as tuas palavras as maiores conformidades que eu necessitava ouvir; é assim que te amo. Incondicionalmente! Não me quero esquecer de palavras. Não me quero esquecer de ti... e não quero que te esqueças de mim, nem do que passámos juntos. A vida é feita de surpresas e tudo o que começa tem um fim. O nosso amor poderá ter acabado, mas a nossa amizade é algo que eu vou preservar enquanto puder. É um facto... não te consigo deixar de amar. Era o nosso amor que me tornava forte, e fazia de suporte. Contigo, jamais iria cair, jamais me deixarias cair. Mas, de repente, caí. Fiquei sem ti.
Perdoa-me por não te ter cuidado no início. Perdoa-me se errei. Perdoa-me se ainda te amo. Simplesmente, perdoa-me. Não quero olhar para trás e recordar esta relação como algo mau... quero olhar para trás e recordar esta relação como algo bom.
" - Inês, tenho um feeling.
- Que feeling?
- Tenho um feeling em que iremos ser felizes um ao lado do outro..."
Só para recordar.
21 de Setembro de 2010. (L)
Can't Stop Missin' You.
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